Não lembro bem quando foi a primeira vez que vi esse livro a venda, mas o certo é que foi "atração a primeira vista". Não sei se pela capa, ou se pelo título, mas sei que fiquei intrigada embora não tenha trazido de imediato para vir morar na minha estante.
Daí que esse mês, enquanto todo mundo se jogava nas liquidações fashions, eu corri na livraria e arrematei alguns livros que estavam na minha wish list há algum tempo (depois mostro todos em um post de comprinhas), aproveitei a promoção e, entre outros, comprei Feios, na Leitura, por R$ 9,90 (imperdível né?).
Mas, vamos ao livro
- conteúdo retirado da capa do livro -
Em um mundo de extrema perfeição, ser normal é feio.
Séculos depois da destruição da civilização industrial em um apocalipse ecológico, a humanidade vive em cidades-bolha cercadas pela natureza selvagem. Lá, Tally Youngblood é feia. Não, isso não significa que ela é alguma aberração da natureza. Não. Ela simplesmente ainda não completou 16 anos. Em Vila Feia, os adolescentes ficam presos em alojamentos até o aniversário de 16 anos, quando recebem um grande presente do governo: uma operação plástica como nunca vista antes na história da humanidade. Suas feições são corrigidas à perfeição, a pele é trocada por outra, sem imperfeições ou – nem pense nisso – espinhas, seus ossos são substituídos por uma liga artificial, mais leve e resistente, os olhos se tornam grandes e os lábios, cheios e volumosos. Em suma, aos 16 anos todos ficam perfeitos.
Tally mal pode esperar pelo seu aniversário. Depois da operação, vai finalmente deixar Vila Feia e se mudar para Nova Perfeição, onde os perfeitos vivem, bebem, pulam de paraquedas, voam a bordo de suas pranchas magnéticas, e se divertem (o tempo todo). Seu único trabalho é aproveitar muito. Mas, enquanto espera que as poucas semanas até completar 16 anos passem, Tally precisa se distrair.
Uma noite, ela conhece Shay, uma feia que não está nem um pouco ansiosa para completar 16 anos. Pelo contrário: Shay pretende fugir dos limites da cidade e se juntar à Fumaça, um grupo de foras-da-lei que sobrevive retirando seu sustento da natureza.
Para Tally, isso é uma maluquice. Quem iria querer ficar feio para sempre, ou se arriscaria a voltar para a natureza e queimar árvores para se aquecer, em vez de viver com conforto em Nova Perfeição e se divertir à beça? Mas, quando sua amiga desaparece, os Especiais, autoridade máxima deste novo mundo, propõem um acordo com Tally: unir-se a eles contra os enfumaçados ou ficar feia para sempre. Tally, porém, acaba se envolvendo em uma conspiração e descobrirá que, por trás de tanta perfeição, se esconde um terrível segredo.
Sua escolha irá mudar o mundo para sempre.
Li Feios em 4 dias noites. É o tipo de livro que me faz colar fita crepe nas pálpebras para que elas não fechem.
No início confesso que, assim como a Ana Carô, achei a Tally uma chata. Torcia para que ela escorregasse da pracha voadora mas, depois de muito desejar esfregar a cara feia dela num muro de chapisto (ando tão malévola) ela me conquistou e fiquei feliz com a mudança de atitude (uma hora tinha que mudar né? pelamor)
O ambiente é pós apocalíptico, nós morremos há 300 anos e a forma como os personagens do livro se referem a nossa geração me fez pensar bastante na nossa sociedade atual. Somo os "enferrujados".
Tudo se passa em um mundo futurístico, há pranchas voadoras como meio de locomoção (e eu não conseguia não pensar no surfista preateado durante toda a narrativa dos voos), nanocola, purificadores de água capazes de transformar xixi em água potável (ecat), anel de interface e mais um monte de tecnologias do gênero.
Tudo se passa em um mundo futurístico, há pranchas voadoras como meio de locomoção (e eu não conseguia não pensar no surfista preateado durante toda a narrativa dos voos), nanocola, purificadores de água capazes de transformar xixi em água potável (ecat), anel de interface e mais um monte de tecnologias do gênero.
Diferente do que eu pensava, Feios não aborda tão somente a ditadura da beleza, vai mais além, trata do respeito a escolhas, critica o desperdício e o consumismo desenfreado, trata do controle político, do acesso a informação, da alienação em massa, do avanço tecnológico que afronta a ética.
Terminei de ler a última página do livro querendo correr até a livraria mais próxima e comprar o segundo volume da série: Perfeitos, mas o relógio marcava 3h30 da madrugada e em BH não há livrarias 24h.
Sim, o fim é surpreendente e te deixa alucinado para saber o que vai acontecer. Recomendo!
Como eu disse, Feios é o primeiro livro de uma série escrita por Scott Westerfeld que é composta por Perfeitos, Especiais, e o ainda não publicado no Brasil, Excepcionais. Todos entraram para a lista de best sellers do NYT (mas essa coisa de best seller me faz lembrar aquele post da Dani, então, relevem essa informação)
No blog da @frioli há as capas de Feios no mundo (achei bem legal)